Van der Graaf Generator (Parte IV)

Esses excelentes músicos haviam auxiliado a elaborar uma espécie de marca registrada do “Dark Sound”. Quando partiram, não restava alternativa, a não ser modificar completamente o contexto. Passa, então, a fazer parte da formação o violinista Graham Smith (ex-String Driven Thing). Além dele, Nic Potter reassume o papel de baixista. Com eles, a banda registra “The Quiet Zone, The Pleasure Dome”, e depois se despede, em 16 de janeiro de 1978, com um show no Marquee Club de Londres. Um cellista deu uma forca ao time, nesses últimos dias; foi Charles Dickie. David Jackson também foi ao Marquee, contribuir ao adeus. (No álbum duplo que documenta o episódio, dá para notar, claramente, quando Hammil lhe lança o convite para subir ao palco). Ao longo desses últimos anos, todos eles têm produzido discos solo. E eu faço questão de mencionar um fato, difícil de ser presenciado em conjuntos de rock: os membros do Van der Graaf sempre pareceram uma irmandade, testemunhada pelo auxílio mútuo que prestam entre si. Nos trabalhos individuais, há sempre a presença de colegas. (Montanari)”

No final dos anos 1970 o Van der Graaf passou por várias saídas e entradas de integrantes novos e antigos, o que ocasionalmente desestabilizou a carreira do grupo. A formação clássica de Hugh Banton, David Jackson, Guy Evans e Peter Hammill retornou em 2003, tocando uma única vez em Londres. Esta reunião levou os músicos a considerarem o retorno de vez aos palcos. Um novo disco com material inédito, foi lançado em 2005.

Pouco depois da aclamada reunião, Jackson deixou o grupo porém o trio restante continuou firme com o entrosamento que sempre houve gravando quatro discos, Trisector (2008), A Grounding in Numbers (2011), ALT (2012) e Do Not Disturb (2016) revelando uma faceta mais acessível da música de Hammill, sem perder o alto teor lírico e temas intricados. O grupo mantem-se desde então em turnê promovendo os novos discos e resgatando antigas faixas, porém permanecendo apenas no circuito europeu e com um público seleto, característica que sempre marcou a trajetória da banda. O público do VDGG é especialmente grande na Itália onde é mais aclamado do que em sua terra natal. No Brasil é especialmente conhecido pelos verdadeiros fãs do rock progressivo, ou seja, uma elite auditiva e cognoscente que não tolera a música e as letras de baixa qualidade.

Muitos fãs do VDGG se lerem este artigo poderão me criticar mas para mim os álbuns Godbluff, World Record e Still Life formam a trilogia máxima do VDGG.

No World Record tem uma música que considero especialmente acima de todas e que se chama Place to Survive.

DISCOGRAFIA ÁLBUNS DE ESTÚDIO

– The Aerosol Grey Machine (1969)
– The Least We Can Do is Wave to Each Other (1970)
– H to He, Who Am the Only One (1970)
– Pawn Hearts (1971)
– Godbluff (1975)
– Still Life (1976)
– World Record (1976)
– The Quiet Zone, the Pleasure Dome (1977)
– Present (2005)
– Trisector (2008)
– A Grounding In Numbers (2011)
– ALT (2012)
– Do Not Disturb (2016)

ÁLBUNS AO VIVO

– Vital (1978)
– Maida Vale (BBC sessions) (1994)
– Real Time (2007)
– Merlin Atmos (2015)


Compilado e editado por Jairo Martins de Oliveira sob o patrocinio de olivashop.com.br, os melhores carrinhos de carga do Brasil.

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