Outono de 2021

A pandemia, o medo, o desemprego, a fome, a vacina?

Como lidar com tudo isso? Nós, que levávamos uma vida tranquila, sem altos e baixos, portanto pensávamos, equilibrada. Só que de repente, agora, tudo mudou, de uma hora para outra, a pandemia nos mostrou, que já não seria mais possível, a mesma tranquilidade de dois anos atrás.

O medo tomou conta do Mundo, as dores, as mortes, o choro acabou com a paz, mas não, com a esperança. O isolamento, o ficar em casa abalou nossos planos e projetos, mas foi um dos recursos para evitarmos o contágio, por conta de um vírus invisível aos olhos, mas que ataca silenciosamente mostrando o quanto estamos vulneráveis, o quanto somos impotentes frente ao desconhecido.

A pandemia acabou com empregos, com sonhos e com muitas vidas, sim a pandemia destruiu famílias, cidades inteiras, pobres, ricos, homens, mulheres, crianças, parecia que o Mundo estava acabando. Tudo que já foi construído, escrito, falado, desenhado, pensado parecia não ter mais importância, tudo parecia estar, se desestruturando, como se fosse um vendaval, desafiando, até mesmo a inteligência humana, o poder

Dificuldades e mais dificuldades foram aparecendo, pareciam invencíveis. De todas as dificuldades a que mais afetou a humanidade, foi o desemprego, pais, mães, jovens sem empregos, sem salários, sem escolas, sem formação. A desilusão visível na mente e nos olhos das pessoas, sorrisos amargos, pensamentos desoladores, mágoas profundas, ferindo a alma de cada ser humano.

Imaginemos milhares de pessoas, sem moradias, sem dinheiro, sem remédios, sem alimentos, sem amigos, perambulando pelas ruas. O quê fazer? Como fazer? O quê dizer? E o pior, que não é, só imaginação, é a realidade de brasileiros e brasileiras, que já trabalharam e lutaram muito para viver, sustentar a família, sentir-se digno, e agora, não têm nem o mínimo para sobreviver. Vivendo a espera do pão nosso de cada dia, vindo de mãos abençoadas, que aprenderam a repartir o pão, sustentando e dando esperança de vida, mas que vida?

A vida que está no instinto de sobrevivência, da inteligência e da sabedoria humana, de cientistas médicos, técnicos, pesquisadores que num trabalho incansável, criaram a vacina? Ou a Providência Divina, dando uma grande chance de irmãos, salvando irmãos, porque a bondade, o espírito altruísta e a solidariedade ainda, não abandonaram os homens de visão, de possibilidades de sensibilidades, que com dedicação se empenharam nessa luta pela sobrevivência humana, e eis a vacina, e agora outras vacinas, e que ajam muitas outras vacinas, porque a vida que nos foi dada, não pode ser tirada como se não tivesse nenhuma razão para existir.

Teresinha L. B. da Silva

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