O Tempo

O tempo sempre foi uma preocupação das civilizações antigas, que com a necessidade de organizar a vida de forma mais coerente com a realidade da época, houve preocupação, na Europa Ocidental, na Idade Moderna, de instituir um novo calendário, em substituição ao calendário Juliano, usado durante o Império Romano, é já ultrapassado. Então, em 1582, o Papa Gregório XIII, reformou aquele calendário, e instituiu o calendário Gregoriano, cuja utilização se tornou universal.

O calendário Gregoriano, foi organizado segundo o calendário solar para a contagem dos anos, meses, semanas e dias tendo como base as quatro estações do ano (outono, inverno, primavera, verão). E, a partir dessa consideração os meses foram organizados.

E, como a vida é um continuum, já estamos no mês de setembro que assim tem também sua história. Seu nome vem do Latim “septem” é o nono mês do ano e têm seus dias marcados por datas importantes, entre as quais selecionamos: Dia da Amazônia e do irmão, Dia da Independência do Brasil, Dia Mundial da Alfabetização, Dia Nacional da Democracia, Dia Internacional da Paz e da Árvore, Dia Mundial do Coração, Dia Mundial do Tradutor; Dia Mundial do Turismólogo e dos profissionais do Turismo, Início da Primavera. Interessante observar a sequência de fatos que contribuíram, para que fosse dado significado a cada dia do mês.

Neste ano de 2021, o quê, o mês de setembro, está representando para a humanidade? Não temos muito a comemorar, pois significativos, até o momento, têm sido os acontecimentos econômicos, políticos e sociais, somando-se a pandemia, ao desemprego, as violências, as guerras, as tempestades, as enchentes, os furacões, os incêndios, a fome a inflação, os problemas climáticos, os desmatamentos, e todos seus desdobramentos que afetam toda a humanidade, que mesmo com todas as dificuldades continua com seus sonhos e esperanças renovadas, confiantes.

Se a civilização chegou ao atual estágio de desenvolvimento e conhecimentos científicos e tecnológicos, alcançados até agora, é porque já viveu processos históricos muito piores, sobreviveu, mudou, transformou, se organizou, mas ainda não conseguiu vencer as diferenças sociais, religiosas, políticas, a discriminação de grupos étnicos, o egoísmo nem o individualismo. Todas as experiências, ainda não surtiram seus efeitos, para que houvessem mudanças de concepções, de comportamentos, de entendimento para tornar o Mundo mais solidário e com mais justiça.

Triste pensar que em pleno século XXI, estamos vivenciando num Mundo, que ainda não aprendeu a superar e respeitar as diferenças, e ignora seus semelhantes menos favorecidos.

Tem-se a impressão que a vida perdeu o sentido, o valor, o princípio será? Ou são apenas reflexos das situações vivenciadas cotidianamente que estão tornando as pessoas tão insensíveis.

Em outros setembros, festejávamos a Primavera com alegria e um sentimento de liberdade. Eram desfiles escolares, bailes da primavera, tudo era festa e alegria, porque também a natureza estava em festa, desempenhando seu papel, há muito tempo e não se cansa de nos presentear com o seu esplendor, sua força; muito verde, verde de todos os tons, muitas flores coloridas, perfumadas deixando os campos, caminhos e as estradas muito mais leves, bonitos, enfeitados.

Quem me dera entender porque a humanidade, não preocupa mais, em cultivar jardins, também, o homem moderno construiu prédios, arranha-céus e seus moradores não, têm espaços suficientes para plantar, cultivar e acompanhar o desenvolvimento das plantas e sentir toda a beleza, que através delas, a natureza oferece, mas existem parques, e jardins em praças públicas, que amenizam, a necessidade de respirar melhor.

Outros setembros virão, escrevendo novas histórias para a humanidade.


Teresinha L. B. da Silva

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