O adeus ao amigo e grande poeta Paulo Silva

É com imenso pesar, que noticiamos a passagem do nosso amigo e grande poeta Paulo Silva, Colunista deste jornal desde os primeiros anos…

Paulo Silva faleceu no dia 10 e foi enterrado no dia 11 no Cemitério Municipal Bom Jesus em Piraquara.

Vá em paz meu amigo, vou publicando aqui os poemas que deixou em livro e manuscritos.

Escreveu a poeta Adélia Maria Woellner no prefácio do seu livro Réquiem a uma Borboleta…

…Encontrei, nos poemas do Paulo, um olhar iluminado pelas circunstâncias da vida: alguns destacam pessoas que tiveram participação significativa no seu dia-a-dia; outros o transformam no

“indefeso homem descalço
a perambular pelas ruas”
da sua amada cidade,
“Piraquarinha tão amiga”
que,
“seduzido, contempla o céu nebuloso,
acreditando piamente que depois do vicioso nuvear
exista um brilho que nunca é vulgar”.
Nos seus devaneios, vive a história de companheiras leais e inseparáveis: corruíras,
borboletas e andorinhas, que
“…desafiadoras e estridentes,
fugazes, esguias e felizes,
se atrevem pela chuva fria…
Asas impermeáveis,
misturam-se à chuva como almas instáveis.
À procura de qualquer destino,
Voam lá para onde eu fui menino.”

Menino cujo coração continua vibrando intensamente no corpo do homem, que se recusa a abdicar do seu direito de manipular palavras, de criar a sua forma própria de desvendar os mistérios da poesia.

Piraquara, outono 2008


Adélia Maria Woellner
Da Academia Paranaense de Letras 

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