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“MURALHAS VERDES”
No governo José Richa (1983- 1986) o agrônomo Cícero Bley Júnior, superintendente da SUREHMA – Superintendência dos Recursos Hídricos e do Meio Ambiente, hoje IAT – Instituto de Terras e Águas, lançou a Primeira Bolsa de Criatividade em Meio Ambiente, um concurso para estimular a apresentação de propostas, de ideias contributivas para a área e que redundasse em melhoria da qualidade de vida da gente paranaense. Resolvi participar e apresentei o projeto MURALHAS VERDES.
Muralhas Verdes sugere o plantio de quebra-ventos ao longo das estradas e carreadores, nas delimitações dos lotes rurais e nas margens de rios e córregos (matas ciliares) com o objetivo de controlar a erosão, diminuir o impacto da velocidade dos ventos, minimizar os efeitos das geadas, impedir o assoreamento e a descida de elementos químicos aos cursos d’água e consequentemente evitar a morte dos mananciais. Para justificar o projeto destaquei o avanço do processo de desertificação, a destruição do solo paranaense, a demanda da fertilidade da terra em direção aos rios e baixios, o empobrecimento dos pequenos e médios agricultores e a consequente concentração de propriedades nas mãos de uns poucos, além do decréscimo da produção e da produtividade. Tais fatos registrados principalmente na região do chamado Arenito Caiuá, são os principais agentes motivadores do esvaziamento populacional nela registrado
Valendo-me de dados encontrados em publicação do IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística e da SEAB – Secretaria de Estado da Agricultura fi ver que que a partir de 1970 a totalidade os municípios polarizados pelas cidades de Paranavai, Umuarama, Maringá e Campo Mourão, passou a sofrer o processo o êxodo populacional, principalmente em suas áreas rurais. Ao decorrer do tempo, caminhões e caminhões e mudanças esvaziam o quadrilátero da erosão Inevitavelmente, o destino dos retirantes é a periferia das grandes cidades, Curitiba e São Paulo, para os sitiantes empobrecidos desiludidos com a labuta na roça e para os dos Mato Grosso, o Sul e do Note, mais Rondônia e até a vizinha nação paraguaia.E aos prefeitos não interessa investir em matas ciliares, por exemplo. Não tem retorno eleitoral imediato, como a construção de uma creche, a compra de uma ambulância, a pavimentação de uma estrada. As futuras gerações NÃO lhes serão gratas.
Parreiras Rodrigues