Maio, é o mês marcado por acontecimentos cujas datas são importantes, e observando o calendário, percebemos que essas datas fazem parte de um determinado contexto econômico, cultural, histórico, religioso e profissional, com grande sentido humanitário.

A vida vai passando, e as datas históricas também, sem que nos demos, conta do devido valor que elas representam e nem, nos preocupemos em saber quem foram seus idealizadores e o porquê da escolha desses dias. Entre todas as datas comemorativas, após pesquisa, selecionamos as que talvez sejam mais essenciais: Dia do Trabalho, dia das Mães, dia da Língua Portuguesa, dia da Fraternidade, dia da Abolicão da escravatura, dia da liberdade de imprensa, dia da Vitória, dia do Gari, dia nacional, do combate ao abuso infantil e da exploração sexual infantil, dia Nacional da Pedagoga, dia da Assistente Social, dia Internacional da Enfermagem e do Enfermeiro. Dentre todas as mais lembradas são: o dia do trabalho e o dia das mães. Observamos que atualmente, não há preocupação com o conhecimento dos fatos históricos e nem social, aos poucos vamos deixando que o tempo passe e vá acabando com memórias importantíssimas, que dizem respeito a questões humanas, e de direito que contribuíram para que a sociedade se tornasse mais sensível aos problemas que enfrentamos em nosso cotidiano.

O dia do trabalho comemorado no primeiro dia de maio deixou, de ser festejado com antigamente. Será que o trabalho perdeu seu valor ou o trabalhador está aos poucos sendo substituído por máquinas, robôs e pela tecnologia, e a mão de obra como fica? Nem mesmo se fala do salário do trabalhador, nem da sua importância na construção civil, na agricultura, ou em outros serviços que lhes permitam idealizar, desenhar, criar e realizar, seu trabalho com perfeição, será que estamos tirando a capacidade do homem de pensar, subestimando sua inteligência? Ou será que o incrível conhecimento científico e tecnológico que levou o homem a Lua e a outras conquistas espaciais, já não precisa mais da mão de obra, daquele, que até pouco tempo defendia com o seu trabalho, o pão em sua mesa e o sustento de sua família? Temos que repensar a humanidade, que ainda não se deu conta de estar caminhando rumo ao desconhecido. Enquanto uns lutam pela sobrevivência sem acesso aos mínimos conhecimentos educacionais e tecnológicos outros continuam impondo suas forças e poder como forma de opressão aos menos favorecidos. Enquanto,toda a humanidade não estiver inserida no mesmo processo de desenvolvimento, haverá desemprego, fome, doenças, e, cada vez mais o distanciamento entre as classes sociais e se fará notado, gerando a violência a discriminação, todos os tipos de preconceitos. E, aos poucos veremos a cultura, a arte, a música e as relações sociais se esfacelando, deixando só lembranças. É avassalador o sistema econômico, político e social que permeia a sociedade em que vivemos. A humanidade precisa rever seus conceitos, suas falhas e buscar consertar o máximo suas teorias e suas práticas para recuperar no mínimo um novo modelo de vida, de sociedade para dar continuidade ao processo civilizatório em que estamos inseridos.

E como não poderíamos deixar de citar, importante dentre as datas comemorativas, está o dia das mães, de todas as mães. As mães trabalhadoras, as mães que batalham para criar seus filhos, as mães abandonadas, as mães que serenamente vão construindo os alicerces da sociedade, as mães que na madrugada saem para o trabalho, deixando seus filhos ainda dormindo, e só vão vê-los à noite, quando retornam para o descanso, muitas vezes nem sabem o que se passou durante o dia, em suas casas. Mães são como suaves perfumes que do mesmo frasco vão espalhando sua fragrância, por onde passam. Mães são portos seguros para suas famílias, são guerreiras, se adaptam as mudanças, que o ritmo da sociedade lhes impõem, sem nunca perder a direção, de sua capacidade de ser mãe.

Teresinha L. B. da Silva