Século XXI, vigésimo primeiro ano, de um tempo que se inicia com as mais variadas e interessantes mudanças, em todos os setores da sociedade, seja econômico, político, social, religioso, científico, tecnológico. Entre todas as mudanças que se inseriram na sociedade, as mais impactantes vêm acontecendo no campo político e religioso.

Observamos, que o conhecimento bíblico como determinante do campo religioso e também, agora no político, vem causado muitas contradições e confusões entre as religiões, porque alguns já não sabem mais o que seguir, se são os ensinamentos bíblicos aprendidos ao longo do tempo pelas religiões cristãs ou o campo político fundamentado, desde a formação do Estado Nacional Moderno e da Democracia surgida na Grécia Antiga.

É importante esclarecer essas duas questões, porque o Mundo evoluiu e o pensamento humano também, mudaram- se as formas de compreender a vida.

As sociedades mudaram, mas observamos que muitas ainda se apoiam nas fundamentações bíblicas para alçar ao poder politico e controlar também o poder religioso. Associar o poder político a religião, seus conceitos, procedimentos e linguagens totalmente distintas, essa pretensa interação, têm causado a separação dos grupos religiosos, convergindo-os para o campo da ideologia política.

O mais interessante nessa relação é que não se dão conta dessa distorção e também da desestruturação que vêm causando a democracia, aos direitos humanos e a liberdade de expressão, tão importantes nas sociedades civilizadas.

Imaginem, se todas as pessoas pensassem e agissem da mesma forma como seria o Mundo? Todos os seres humanos foram criados com sabedoria e inteligência para poderem agir, entender e perceber as diferenças que existem entre religião e politica, artes e economia, ciências e tecnologia porque cada uma faz parte de um contexto apropriado, que lhes possibilita entender a vida e sua dinâmica para que possam desenvolver suas habilidades dentro de um sistema democrático.

Imaginem se não fossemos capazes de discernir uma questão da outra.

Não somos contra nenhuma religião ou opção política, mas cada uma tem que ter seu campo específico de atuação, muito bem definido. São apenas considerações.

Mas, ao adentrarmos 2021, temos a impressão que nesse inicio de ano, algumas questões estão ficando claras no campo social, político e religioso.

Acreditamos que a Educação será o combustível do futuro, desde que planejada dentro de padrões democráticos, princípios de liberdade e justiça, dando-se ênfase as diversas áreas do conhecimento humano, passando pelas questões sanitárias, que devem ser prioritárias devido à pandemia, pelo respeito às diferenças étnicas e individuais, as dificuldades sociais e econômicas de cada individuo.

Outro fator, relevante é considerarmos que a Ciência, a Medicina e a Tecnologia são imprescindíveis à vida humana e pela importância, devem haver maiores investimentos para estudos e pesquisas.

Acreditamos na valorização da Educação, do ensino, do respeito aos saberes e conhecimentos já adquiridos e vivenciados para que possamos ter melhores oportunidades e também condições de vida.

Considerando que em nosso país ainda existem populações menos favorecidas, com enormes dificuldades por não possuírem recursos materiais e financeiros suficientes para acompanhar e concorrer com o desenvolvimento tecnológico e cientifico das sociedades com altos índices econômicos e sociais, essas populações devem ser auxiliadas com bons projetos, com conhecimentos científicos e tecnológicos apropriados, evitando- se dessa forma a exploração de mão de obra, melhorando- se seus índices educacionais e profissionais, suas condições de vida, de saúde, de comunicação e de transporte, para integrarem-se ao Mundo em desenvolvimento.

Mas, pensar 2021, com possibilidades melhores, frente aos acontecimentos, aos valores humanitários e científicos que se reascendem, são esperanças de que o Mundo pode se tornar melhor, mais colhedor, menos competitivo e com maior integração entre os povos, com respeito as suas etnias, às suas tradições históricas, culturais e religiosas, visando- se a preservação do direito, da paz e da liberdade.

Teresinha L.B. Silva