Feliz Ano Jubilar: Peregrinos da Esperança

Ano Novo, sonhos… metas… desafios… expectativas… esperanças renovadas! E com ele somos chamados a entrar em sintonia com a proposta da Igreja neste Ano Jubilar, celebrado a cada 25 anos, fazendo memória dos 2025 anos da Encarnação de Jesus.

O Papa Francisco escolheu para 2025, o tema “Peregrinos da Esperança”, à luz da Palavra de Deus: “a esperança não decepciona” (Rm 5,5), convidando especialmente os católicos a reanimar e cultivar a esperança tão necessária nos nossos dias, e a fé no futuro em tempos de grandes desafios no mundo.

O Jubileu 2025 foi oficialmente inaugurado no dia 24 de dezembro de 2024, com o rito da Abertura da Porta Santa da Basílica Papal de São Pedro pelo Santo Padre, que presidiu antes da celebração da Santa Missa na noite de Natal do Senhor.

A partir daquele momento, a Porta permanece sempre aberta para a passagem dos peregrinos que é um convite para um caminho de reconciliação e de conversão.

Com a abertura da Porta Santa, o Papa Francisco já nos indica quem é a verdadeira porta e o seu significado, abrindo-nos à esperança. Assim ele se expressa: “Jesus nos diz que há uma porta que nos faz entrar na família de Deus, no calor da casa de Deus, da comunhão com Ele. Esta porta é o próprio Jesus (cf. Jo 10, 9). Ele é a porta. Ele é a passagem para a salvação. Ele nos conduz ao Pai. E a porta que é Jesus não está nunca fechada, está aberta sempre e a todos, sem distinção, sem exclusão, sem privilégios […] Gostaria de dizer com força: não devemos ter medo de atravessar a porta da fé em Jesus, de deixá-Lo entrar sempre mais na nossa vida, de sair de nossos egoísmos, dos nossos fechamentos, das nossas indiferenças com os outros. Porque Jesus ilumina a nossa vida com uma luz que não se apaga mais”.

Vemos nesta mensagem que já está contido um programa de vida para o Ano Santo: Jesus é a nossa esperança. Se somos peregrinos, não permanecemos parados, aguardando passivamente pelas mudanças e não há motivo para a desesperança, pois caminhamos confiantes como discípulos missionários de Jesus que caminha e “está conosco até o fim dos tempos” (cf. Mt 28,20).

O próprio logotipo do Jubileu pode nos ajudar a compreender a importância e a necessidade de união, de solidariedade, de fé e de esperança abrindo-nos às dimensões do mundo para abraçar a humanidade ferida, conflitiva, fragmentada, necessitada de paz, justiça, fraternidade capacitando-nos a ser sinais e instrumentos de esperança.

No logotipo estilizado observamos quatro figuras para indicar a humanidade dos quatro cantos da terra. Elas não estão separadas, isoladas, mas abraçadas cada uma à outra, indicando a solidariedade e a fraternidade que unem os povos. Como peregrinos da esperança o caminho a percorrer é comunitário, ancorado na Cruz. O que está à frente está agarrado à cruz. É o sinal não só da fé que abraça, mas da esperança que nunca pode ser abandonada.

Necessitamos de esperança, nas ondas que se movem, indicando que a peregrinação da vida nem sempre se move em águas tranquilas. A parte inferior da cruz, que se prolonga, é dinâmica, transformando-se numa âncora, símbolo da esperança, que se impõe ao tumulto das ondas. Finalmente, vê-se claramente o lema do Jubileu de 2025 com a cor verde: PEREGRINOS DA ESPERANÇA.

E assim, como peregrinos da esperança, rumo à pátria celeste, somos convidados a ser anunciadores da esperança com a palavra, com os gestos concretos de amor, de paz, de perdão, de misericórdia, mas sobretudo pelo testemunho de fé, na vivência da Palavra de Deus, luz no caminho, e na participação de Eucaristia, alimento na caminhada em comunidade para ser geradores de vida, missionários da esperança em todos as circunstâncias e ambientes! A todos, um FELIZ ANO JUBILAR!

Ir. Iracema Ferranti

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