Dezembro de 2020

Quando demos as boas vindas ao ano de 2020, tínhamos a impressão de que tudo estava bem, tudo caminhava perfeitamente, dentro do que acreditamos ser perfeito. Era o que pensávamos…

De repente passaram-se dois meses, e foi em março que tudo começou, recebemos a notícia de que um vírus mortal estava dizimando, milhões de pessoas no Oriente e logo em seguida, já estivesse contaminando a população em proporções gigantescas.

E, dai? O que fazer? Como fazer? A quem recorrer? O contagio foi iminente, jamais visto em tempos contemporâneos. Foi assustador, e continua sendo. Nada havia que pudéssemos fazer a não ser esperar que a Ciência e a Medicina dessem conta da pandemia que se alastrava pelo mundo, e também pelo Brasil tão rápido, ceifando vidas de crianças, jovens, adultos e idosos todos, sem distinção. Os noticiários alarmantes com suas estatísticas assustadoras, não nos davam nenhuma esperança de que o vírus estivesse sendo controlado. De norte a sul, de leste a oeste tudo foi sendo tomado. Só choro, só lagrimas, só dor, só desespero, só medo, só tristeza.

Nos pequenos e grandes centros, nenhum recurso suficiente, que pudesse eliminá-lo. Porque ainda estavam criando uma vacina eficiente, poderosa que traria a salvação para milhares de vidas, sim foi criada, mas ainda depende da liberação e de um cronograma para que haja a aplicação na população.

Em pleno século XXI, fica difícil, muito difícil, acreditarmos que em tempos tão atuais, nosso país adote procedimentos, como se estivéssemos retornando, e vivendo na Idade Média, (queima das bruxas, queima de livros, queima de estudiosos), total descaso e ignorância quanto ao conhecimento científico acumulado ao longo do tempo, desrespeito aos pesquisadores, cientistas, especialistas e sanitaristas, que neste momento, devem ser os profissionais mais respeitados e acreditados, pela sociedade brasileira. É impressionante a forma como estão sendo tratados, sofrem ataques, ouvem comentários impróprios quanto à idoneidade e seriedade da vacina, recebem críticas sem nenhuma fundamentação, e o que é pior as pessoas mais ingênuas acreditam. É um momento muito serio, onde deveria haver confiança, união, respeito e colaboração, para com todos os profissionais da área de saúde. E que estão na luta diária. Salvando inúmeras vidas.

Mas, vamos deixar que 2020, encerre seus dias, levando consigo todas as mazelas pelas quais estamos passando. Se fizéssemos um balanço do ano 2020, entenderíamos que a Historia e a Medicina em seus contextos tem muito ainda a registrar sobre a humanidade. Porque incessantes são os movimentos e as ideologias que o homem promove em busca de uma vida melhor, mais humanizada e talvez mais evoluída, onde todos tivessem possibilidades iguais, liberdade, justiça e ética (parece utopia), mas seria na realidade, um passo a frente para sairmos da estagnação que, ora vivemos.

Que a humanidade olhe para o Mundo em nosso entorno e perceba que há necessidade de grandes mudanças, de união, adaptação, seriedade, novos conceitos, pensamentos criativos, solidariedade, sabedoria, respeito ao próximo em todos os círculos sociais.

Que a humanidade perceba que o Mundo não é território particular de ninguém, que somos milhares de etnias a ocupar espaços geográficos e sociais organizados nas mais diversas áreas da sociedade e todos em desenvolvimento humano, portanto merecem respeito a sua identidade e dignidade.

Que o ano de 2021, chegue para a humanidade com novas e felizes propostas de vida, novos aprendizados, respostas concretas aos nossos questionamentos, oportunidades diversas, saúde, prosperidade e muita paz.

FELIZ 2021!

Teresinha L. Batista Silva

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