Crônica de uma despedida “Vai com Deus meu amigo Binho!”.

Chega a certa altura da vida que as perdas são mais frequentes. Inesperadas, de surpresa, de mansinho, amigos vão na vanguarda segurando um lugar naquela vaga espiritual que a fé reservou.
Abraços e lágrimas constroem uma narrativa silenciosa, afetiva, solidária. Lembranças e causos rompem o ambiente contrito em feitos e vivências do corpo presente. Memórias divertidas provocam risos, reencontros ausentes de anos entregam alento, e o que até então era apenas dor, somam-se também o prazer de rever amigos sumidos, vivos, comungando das mesmas histórias.
O amigo lá, repousando, de face serena, inerte, cercado pelos seus. Acolá vivo nos contos, personagem principal do filme de sua vida, narrado com leveza e admiração, no desfecho final “que Deus o tenha”!
Foi assim agorinha, um ontem com feição de hoje, aquele adeus tão próximo, na fila da geração da gente, que diz “te cuida, seja melhor, quando menos se espera a passagem chega”…!
Grêminho tava lá, em peso, a Confraria e a Pelada do Pinto também, amigos de tantos lugares, gente que brotava não se sabe donde para num último gesto e aceno “vai com Deus meu amigo Binho!”. Por Edson Francisco “Kalunga” de Arruda.

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