Inaugurada a ampliação da Estação de Tratamento de Esgoto Belém, maior da Sanepar no PR

Com modernização e ampliação, Sanepar prepara a estação para atender o crescimento da demanda até 2033. Investimento é de R$ 140 milhões, com parte dos recursos financiados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

O governador Carlos Massa Ratinho Junior e o ministro do Desenvolvimento Regional, Daniel Ferreira, inauguraram nesta quinta-feira (28) a última etapa das obras de ampliação da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) Belém, em Curitiba. A modernização amplia em 70% a capacidade de tratamento de rejeitos das bacias dos rios Belém, Iguaçu e Pequeno, passando de 1.500 litros de esgoto por segundo para 2.520 litros/s, o que torna a ETE Belém a maior do Estado.

O investimento, feito em duas as etapas, é de cerca de R$ 140 milhões, sendo que parte do recurso foi financiado pela Sanepar junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Atualmente, a ETE Belém trata o esgoto de cerca de 800 mil moradores de Curitiba e São José dos Pinhais. O aumento do atendimento ocorrerá de forma gradativa, uma vez que a estação foi projetada para suprir o crescimento da demanda até o ano de 2033.

Ratinho Junior ressaltou que a obra amplia os índices de saneamento do Paraná, que está entre os estados com os melhores números de coleta e tratamento de esgoto. No Estado, 76,2% da população é atendida, sendo que em Curitiba esse índice é de 97,7%. “As maiores cidades do Paraná estão muito próximas de chegarem a 100% no índice de saneamento”, disse.

“Já estão programados, para os próximos quatro anos, R$ 9 bilhões em investimentos da Sanepar para melhorar o saneamento básico do Estado, melhorando ainda mais esses índices”, destacou o governador. “Além de Curitiba, cidades como Cascavel, Londrina e Maringá também devem chegar em 100% de saneamento básico em poucos anos. Nos municípios menores também estamos com grandes projetos na área. É um compromisso com a responsabilidade social e ambiental”.

O ministro destacou a boa posição do Estado no ranking nacional de saneamento e a continuidade nos investimentos para melhorar o atendimento à população. “No Brasil, são despejados por dia 5,5 mil piscinas olímpicas de esgoto sem tratamento nos rios. No Paraná, essa realidade é diferente e, nesta estação, a água retorna limpa para a natureza”, disse. “É a realidade que queremos para o País com o novo Marco Regulatório do Saneamento, que pretende universalizar o serviço de esgoto até 2033”.

OBRA – Nesta etapa da obra, a Sanepar utilizou pela primeira vez aço inox na execução de tanques que atuam como decantadores primários. Esse material substitui o concreto armado, que possibilita instalação mais rápida e diminui a manutenção em seu funcionamento. Foram implantados quatro decantadores primários de aço inox, cada um com 4.800 metros cúbicos de capacidade.

“Mais uma vez a Sanepar utiliza novas tecnologias para melhorar a performance de nossos sistemas. Nosso planejamento prevê não só a ampliação do atendimento à população, mas também a adoção de tecnologia sustentável que contribua para o meio ambiente”, afirmou o diretor-presidente da Sanepar, Claudio Stabile.

Com isso, destacou ele, a estação construída nos anos 1980 mantém o atendimento a número cada vez maior de pessoas, além de modernizar o tratamento de esgoto. “A ETE Belém recebe não obras de reparo ou reformas, mas de ampliação, acompanhando o crescimento da população com mais eficácia no tratamento do esgoto”, completou.

Outro benefício é que os novos tanques modificam o processo de tratamento da ETE Belém, tornando-o mais eficiente do ponto de vista energético. Isso ocorre porque, nos tanques de decantação primária, há remoção de parte significativa da carga orgânica do esgoto, gerando um lodo com maior potencial de aproveitamento energético. Além disso, a redução da carga orgânica na primeira fase de tratamento demanda menos energia elétrica na etapa seguinte, a de aeração.

Por dia, a ETE Belém produz cerca de 840 metros cúbicos de lodo que são enviados à CS Bioenergia. Lá ocorre o tratamento anaeróbio e, consequentemente, a geração de biogás, que é convertido em energia elétrica e calor, em vez de serem enviados diretamente para aterro sanitário.

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