Economia Circular é tema de mesa redonda na ACP

Sustentabilidade é um tema essencial para o empresário nos tempos atuais.

A prova disso está na legislação, que vem sendo modernizada no sentido de transformar a economia linear em circular. Este foi o assunto de mesa redonda promovida nesta terça-feira (10), na Associação Comercial do Paraná – ACP, por meio do Conselho de Ação para Sustentabilidade Empresarial – CASEM.

Na ocasião, foram apresentados diversos projetos em andamento. “Temos diretrizes e regulamentações criadas pelos órgãos governamentais, mas, para que elas realmente façam valer o papel da economia circular, devem ser realizadas com o apoio do setor produtivo”, destacou o coordenador do CASEM, Edilson Ribeiro.

Na abertura, a Deputada Estadual Maria Victoria destacou a Lei Estadual 21.619/2023, de sua autoria, que foi publicada recentemente como uma iniciativa inovadora e sustentável: “com este documento, a nível estadual, buscamos estabelecer condições para a transição da economia linear, onde o final do produto é o descarte, para a economia circular, onde o produto retorna à cadeia produtiva”, informou.

Entre as iniciativas previstas na nova regulamentação para empresas, estão o Selo de Produto Economicamente Circular, incentivos fiscais, financeiros e creditícios na forma da legislação pertinente, entre outros. “O objetivo é promover a redução do impacto ambiental da cadeia produtiva estadual, além do estímulo à economia da reciclagem, a redução dos custos sociais, ambientais e econômicos da disposição final de resíduos, entre outros”, avalia o consultor em meio ambiente, logística reversa e economia circular, Carlos Garcez.

Na ocasião, o diretor de Economia Sustentável da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável, Gabriel Schuhli, também falou sobre os projetos que já estão em vigor. “O setor produtivo está cada vez mais unido em prol da sustentabilidade, então precisamos de momentos como este para ouvir nossas possibilidades. É possível mesclar economia sustentável e geração de renda”, disse. Já o coordenador de Economia Circular da Sedest, Victor Hugo Fucci, enalteceu o percentual de reciclagem no Paraná, de 4,8%, que ainda é considerado baixo mas está acima da média nacional. “Temos um longo caminho pela frente, mas, com consciência e união de diferentes partes, vamos mudar essa realidade”, disse.

Quem também participou do encontro foi o empresário Glaucio Alves Pinto, responsável pela Lolio Recicladora, que realiza a conversão de óleo de cozinha usado em poliol. “Hoje, já existem muitos pontos de coleta de óleo, mas a destinação não é adequada. Aqui temos alguns exemplos de ações que trarão redução significativa no impacto ambiental”, finalizou.

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