Curitiba tem mais um terminal solar quase pronto, com instalação de 75% dos painéis fotovoltaicos

Painéis fotovoltaicos já ocupam 75% do telhado do Terminal do Boqueirão. Para toda a instalação ser concluída ainda serão trocadas 500 telhas da cobertura, cerca de 2 mil metros quadrados da área do telhado. Do total de 756 painéis fotovoltaicos previstos, já foram instalados 532. Os trabalhos são feitos durante a madrugada, no período da meia-noite às 5h, para não atrapalhar o fluxo de passageiros no terminal.

No último dia 11, o diretor de Eficiência Energética e Geração de Energias Renováveis da Secretaria Municipal do Meio Ambiente, João Carlos Fernandes, engenheiros da empresa contratada para fazer as obras e engenheiros e técnicos da Prefeitura de Curitiba fizeram uma vistoria técnica para acompanhar o andamento dos trabalhos.

A fiscalização das instalações dos sistemas fotovoltaicos nos terminais Boqueirão, Pinheirinho e Santa Cândida é realizada em escala diuturna pela engenheira civil Roberta Gonçalves, pelo engenheiro eletricista Renato Aparecido de Souza, sob a coordenação do engenheiro civil e também fiscal Murilo Fiorucci Pioto. A gestão dos contratos é feita pelo Engenheiro Civil João Carlos Fernandes, com apoio do assessor Adilson Marin Lopes, especializado em sistemas de geração de energia

“A nossa fiscalização aqui nesta obra é feita diuturnamente. Hoje estamos aqui para ver alguns detalhes técnicos, específicos da obra. Vimos avaliar detalhes do local onde será instalada a subestação que vai transformar a energia em corrente contínua gerada pelos painéis fotovoltaicos em energia em corrente alternada que será injetada na rede da Copel”, explicou João Carlos Fernandes.

“Estamos também analisando o impacto das chuvas cada vez mais intensas sobre as instalações do sistema fotovoltaico. Interessante observar que o aumento das chuvas é uma das consequências da elevação da temperatura global. O aumento da temperatura do ar e do nível do mar intensifica a evaporação, formando mais nuvens”, disse Fernandes. Combater o aquecimento global é uma dos objetivos da geração de energia sustentável.

As condições climáticas e algumas adequações do projeto estenderam o prazo de execução da obra originalmente programado pra setembro. A previsão é que a obra seja concluída em três meses e já comece a gerar energia que será distribuída para prédios públicos da Prefeitura de Curitiba. Todas as telhas novas instaladas no terminal do Boqueirão foram dimensionadas estruturalmente para receber diretamente sobre elas as estruturas de suporte e os módulos fotovoltaicos. Por serem instaladas diretamente na telha, as estruturas dos módulos foram instaladas na horizontal e aparecem menos do que os tradicionais, sem prejuízo na geração de energia. A utilização de guindastes de grande porte torna a instalação das telhas e das estruturas de suporte dos módulos uma tarefa mais rápida e eficiente. Além desses recursos, são utilizadas plataformas elevatórias especiais para transportar os módulos fotovoltaicos até a cobertura.

CURITIBA MAIS ENERGIA

Os trabalhos fazem parte do programa Curitiba mais Energia e também estão em andamento nos terminais Santa Cândida e Pinheirinho.

No Santa Cândida, a instalação dos 900 módulos de painéis fotovoltaicos já foi finalizada, juntamente com os trabalhos na sala elétrica, onde os inversores estão localizados. Agora, a etapa que está em andamento é a da aprovação dos projetos para a execução da subestação de energia

No terminal Pinheirinho, serão instalados 1.386 módulos fotovoltaicos assim como serão substituídas 2.275 telhas da cobertura. Os pilares metálicos estão recebendo proteção em concreto em suas bases para garantir a durabilidade do sistema solar fotovoltaico. Este serviço já está 80% concluído. Assim como nos outros terminais solares, as calhas do telhado estão sendo limpas e recuperadas com proteção anticorrosiva.

Nos três terminais de ônibus com obras do Curitiba mais Energia estão sendo instalados cerca de 3,5 mil painéis fotovoltaicos, com capacidade máxima instalada para gerar 1,5 megawatts-hora de energia. Ao somá-la à energia gerada pela Pirâmide Solar de Curitiba e pelos outros projetos do programa Curitiba mais Energia, será possível gerar cerca de 60% do consumo dos prédios públicos da Prefeitura. Além da Pirâmide Solar de Curitiba, fazem parte do programa Curitiba mais Energia os módulos instalados no Palácio 29 de Março (sede da Prefeitura no Centro Cívico), no Complexo Imap no Salão de Atos no Parque Barigui, na Galeria Quatro Estações do Jardim Botânico e na Fazenda Urbana do Cajuru. O programa ainda conta com a Central Geradora Hidrelétrica Nicolau Klüppel, na queda d’água do Parque Barigui, e com o Telhado Solar da Rodoferroviária que está previsto para ser implantado em 2024.

TERMINAIS SOLARES