Ciência UFPR: Cientistas descrevem nova espécie de sapo e pedem conservação do Quiriri
Diversidade de sapos pequenos que vivem debaixo da serrapilheira das montanhas da Mata Atlântica expõe existência de microrrefúgios peculiares nas serras. Descrição do Brachycephalus lulai reuniu dez pesquisadores de quatro países, entre eles membros do Laboratório de Dinâmica Evolutiva da UFPR.
Não é que os sapinhos-da-montanha estejam se escondendo. Sim, eles são bem pequenos e vivem sob a serrapilheira no topo de serras com cobertura de Mata Atlântica no Sul do Brasil. Mas também são coloridos, diurnos (o que não é comum em sapos) e coaxam com sons peculiares.
“A sua vocalização, o ‘canto’, é bem característica, mas encontrar os animais em si é bastante desafiador. Basicamente são horas revirando folhiço, tentando achá-los”, explica o professor Márcio Pie, do Departamento de Zoologia da Universidade Federal do Paraná (UFPR), onde coordena o Laboratório de Dinâmica Evolutiva.
As buscas nas florestas e nos laboratórios tem mobilizado pesquisadores na UFPR e na Universidade Estadual Paulista (Unesp) nos últimos 15 anos por meio de um projeto do Instituto Mater Natura, organização não-governamental de Curitiba. O esforço já rendeu a descrição de 13 espécies de sapinhos que, quando encontrados no Sul, são apelidados pelos cientistas de sapinhos-da-montanha — o nome científico do gênero é Brachycephalus.
“A ideia de sapinhos-da-montanha surgiu para diferenciar das espécies que ocorrem mais ao Norte, em São Paulo, no Rio de Janeiro e no Espírito Santo, que são chamadas de pingo-de-ouro. Ademais, é um trocadilho com os famosos gorilas-das-montanhas [que chegam a medir dois metros de altura e vivem em florestas montanhosas da África]”, explica Luiz Fernando Ribeiro, professor e pesquisador convidado na Zoologia da UFPR. Por Camille Bropp / UFPR.
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