Em ano dinâmico, UFPR buscou diálogos com a sociedade e avanços na inclusão

Por Redação 5 min de leitura

Ao longo de 2025, a Universidade Federal do Paraná (UFPR) esteve envolvida em diferentes frentes, que incluíram a realização de eventos institucionais, a implementação de políticas internas, a ampliação da infraestrutura universitária e a participação em debates públicos. Conforme destacam as reportagens veiculadas no Portal UFPR ao longo do ano, a atuação institucional da Universidade esteve relacionada a temáticas como inclusão, acolhimento estudantil, diversidade e participação social.

Um dos destaques do período foi a primeira edição do Universo UFPR, a nova Feira de Cursos e Profissões, que superou expectativas ao reunir mais de 120 mil visitantes no Parque Barigui, em Curitiba. Com a participação de mais de 600 instituições — sendo 62% delas da rede pública de ensino — o evento aproximou a universidade da comunidade, apresentou cursos, projetos e pesquisas, e reforçou a tradição da UFPR na promoção do acesso ao conhecimento e da inclusão educacional. 

O chefe de gabinete da reitoria e um dos responsáveis pela organização do evento, o professor Mário Messagi Júnior, afirmou na ocasião que o objetivo final era mostrar que a Universidade está aberta para os alunos “sobretudo da escola pública, e atraí-los para dentro da universidade, mostrando que a instituição é acessível e que ela tem muito a oferecer aos estudantes do Paraná”.

Outro marco foi a doação do espaço que abriga o Campus Toledo, oficializada em maio. Projetado pela própria UFPR, o campus foi custeado pelo casal Luiz e Carmen Donaduzzi, empresários do setor farmacêutico. A iniciativa fortalece a presença da universidade no interior do estado e amplia as condições para o desenvolvimento acadêmico e científico na região Oeste do Paraná.

No campo das políticas institucionais, o Conselho Universitário aprovou a Política Institucional de Prevenção e Enfrentamento às Violências, que estabelece diretrizes para a identificação de diferentes formas de violência e orienta ações de acolhimento, proteção e encaminhamento às vítimas. Segundo a professora Clara Maria Roman Borges, “muitas pessoas sofrem violências na universidade e não conseguem compreender ou se dar conta”. A medida buscou garantir um ambiente universitário mais seguro, respeitoso e acolhedor para toda a comunidade acadêmica.

A inclusão e a permanência estudantil também estiveram em pauta, com a inauguração da Moradia Estudantil Indígena, em Curitiba. Fruto de uma articulação entre a UFPR, o Governo do Estado e organizações parceiras, o espaço atende estudantes indígenas que se deslocam para a capital para cursar o ensino superior. Além da moradia, o projeto prevê ações de apoio à permanência dos estudantes, representando um passo significativo no enfrentamento das desigualdades históricas no acesso à universidade.

Em 2025, a UFPR também celebrou os 20 anos da implementação das cotas raciais, política adotada desde 2005, com reserva de vagas para estudantes negros e oriundos de escolas públicas. Ao longo dessas duas décadas, a ação afirmativa promoveu mudanças expressivas no perfil sociorracial da universidade, ampliando a diversidade acadêmica e reduzindo desigualdades de origem. Nesse direcionamento, vale ainda lembrar que  no mês de novembro a Universidade desenvolveu uma série de ações culturais e artísticas, para discutir temas relacionados à Consciência Negra.

A participação da comunidade acadêmica na gestão universitária ganhou destaque com o Orçamento Estudantil Participativo, que selecionou 34 propostas a partir de 1.382 votos. As iniciativas somam R$1.038.702 e incluem desde a aquisição de equipamentos para atividades acadêmicas até pequenas reformas, manutenções e criação de espaços voltados ao bem-estar no cotidiano universitário.

Já em outubro, o evento Viva UFPR abriu as portas da instituição para a comunidade externa, com uma programação diversificada que apresentou espaços, projetos, programas e ações que compõem a vida universitária. O evento reforçou o diálogo entre a universidade e a sociedade, ampliando a visibilidade das atividades desenvolvidas pela instituição.

No cenário internacional, a UFPR teve participação ativa durante a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP30), realizada em Belém (PA). Professores, pesquisadores e técnicos administrativos participaram de debates sobre financiamento climático, transição energética, justiça climática e saberes tradicionais, destacando o papel estratégico das universidades no enfrentamento da crise climática global. 

Sonia Schwendler, do Setor de Educação da UFPR, uma das representantes da UFPR presentes na COP30, contou que também esteve presente em eventos que podem ser vistos de forma paralela, “que são bem importantes, que é a Cúpula dos Povos, que traz um conjunto de preocupações pelos impactos que as pessoas acabam sentindo nos seus espaços, nos seus cotidianos, nos diferentes países”. Por Flavia Keretch, sob supervisão de Daniel Felipe / UFPR.

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