Polícia Penal promove reestruturação da Colônia Penal Agroindustrial em Piraquara

Esta semana marcou o fim das atividades nos alojamentos da unidade e a realocação das pessoas privadas de liberdade para outro setor, recentemente construído dentro do mesmo complexo prisional.

A Polícia Penal do Paraná (PPPR) deu mais um passo nas mudanças estruturais que estão sendo realizadas no Parque Agrícola da Colônia Penal Agroindustrial (CPAI), no Complexo Penitenciário de Piraquara, na Região Metropolitana de Curitiba. Esta semana marcou o fim das atividades nos alojamentos da unidade e a realocação das pessoas privadas de liberdade para outro setor recentemente construído dentro do mesmo complexo prisional. Neste novo ambiente, os detentos terão espaço mais amplo, seguro e adequado, com pátio de visitas exclusivo e sistema de Circuito Fechado de Televisão.

Estas mudanças visam inibir evasões e entrada de ilícitos na unidade, sendo parte fundamental de uma reestruturação em toda a colônia penal que vem sendo desenvolvida desde o final do ano passado. A área desativada chegou a abrigar cerca de 140 presos do regime semiaberto e que possuíam problemas de convívio.

“Desde o mês de abril, os detentos estão sendo removidos a outros alojamentos na sede da unidade, com a devida separação de perfil criminal e de convivência”, disse o diretor da regional administrativa da Polícia Penal em Curitiba, Emerson Chagas. “Com esta ação, resolvemos um problema histórico no Complexo de Piraquara, pois o parque agrícola sempre foi uma área de difícil controle de segurança por ser um espaço aberto, próxima de uma rodovia e distante da sede da CPAI, tendo sido registrados casos de mal comportamento e outros problemas disciplinares”.

No final do ano passado, a Polícia Penal iniciou operações para coibir quaisquer transgressões na unidade, impedindo tentativas de fuga e efetuando a detenção de pessoas que tentavam fazer entrega de materiais ilícitos nas imediações do parque agrícola. Estas ações foram pontuais para melhoria na segurança da unidade e também para a população residente nas proximidades.

Os alojamentos que foram fechados nesta semana ficarão à disposição para instalação de canteiros de trabalho, absorvendo assim a mão de obra das pessoas privadas de liberdade. Atualmente, a Colônia Penal Agroindustrial possui aproximadamente 415 custodiados, número que possui variação diária.

Segundo o diretor Juliano Prestes, a reclassificação e estruturação da colônia penal conta com três alojamentos exclusivos para custodiados do regime fechado, todos eles trabalhando nas indústrias internas da unidade, na Prefeitura de Piraquara e também dentro do Projeto Mãos Amigas, todos com uso de tornozeleira eletrônica.

Também há uma estrutura específica para alojar presos por crimes sexuais que estão em regime semiaberto, além dos alojamentos para detentos faccionados, sendo um destes prédios construídos recentemente para realocar as PPLs removidas do Parque Agrícola.

“Estamos em um processo de harmonização do regime semiaberto e visamos, também, ampliar o regime fechado para que os detentos possam estar aplicados em canteiros de trabalho”, explicou.

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