Estado investe R$ 1,3 bilhão em obras nas escolas e coloca ponto final nas salas de madeira

Um dos marcos de 2023 foi a entrega do Colégio Cívico-Militar 1º Centenário, em Campo Largo. Era a última das 14 escolas paralisadas em 2015 pela Operação Quadro Negro. O Governo do Estado também começou a retirar, no ano passado, as salas de aula de madeira que ainda estavam presentes em 81 colégios estaduais.

O Governo do Estado investiu cerca de R$ 1,3 bilhão em infraestrutura escolar em 2023. Os recursos do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Educacional (Fundepar) envolvem mais de 150 intervenções de engenharia nas escolas, o que inclui a construção de novas unidades, ampliações, serviços de engenharia, reformas e substituição de salas de madeira por estruturas de ecoconstrução. Os valores também foram destinados para a alimentação escolar, transporte de alunos e aquisição de mobiliários para as escolas.

Um dos marcos de 2023 foi a entrega do Colégio Cívico-Militar 1º Centenário, em Campo Largo, na Região Metropolitana de Curitiba, com investimento de R$ 8,8 milhões. Era a última das 14 escolas paralisadas em 2015 pela Operação Quadro Negro, e que foram retomadas pela gestão do governador Carlos Massa Ratinho Junior e entregues à comunidade.

Em novembro do ano passado, o governo também iniciou a construção do Colégio Deputado Aníbal Khury, em Guaratuba, no Litoral. Serão investidos R$ 12 milhões na estrutura de 3 mil metros quadrados, que contará com 12 salas de aula, além de ambientes pedagógicos e administrativos, possibilitando a implantação do ensino médio no local.

Também já está contratada a empresa para construção da nova sede do Colégio Estadual do Campo Professor Lauro Sangreman de Oliveira, em Sengés, no Norte Pioneiro. Com investimento de R$ 11,8 milhões, a escola será construída em um terreno de 9,2 mil metros quadrados e terá 2,4 mil metros quadrados de área e oito salas de aula, além de outras estruturas. A unidade, localizada no distrito de Ouro Verde, vai substituir a estrutura atual, que está em situação precária e conta com várias salas de madeira.

“Nos últimos cinco anos, houve investimentos significativos que demonstram o quanto a educação do Paraná é prioridade”, afirma o secretário estadual da Educação, Roni Miranda. “Tudo isso representa um ganho de dignidade para os nossos estudantes, professores e servidores. O direito à educação é sagrado e vai além do conteúdo que é ensinado em sala de aula, passando também por uma alimentação nutritiva, um ambiente confortável e material de boa qualidade”.

SALAS DE MADEIRA – O Governo do Estado também começou a retirar, no ano passado, as salas de aula de madeira que ainda estavam presentes em 81 colégios estaduais. Elas estão sendo substituídas por estruturas construídas a partir de um sistema sustentável, modular, chamado de ecoconstrução.

A proposta reduz o desperdício de material, economiza tempo de obra e proporciona espaços padronizados em relação a medidas e formatos. Das 320 salas de madeira que serão substituídas, 95 foram entregues no ano passado. O valor total contratado para investimento do programa é de R$ 74 milhões.

“O material utilizado é bem mais vantajoso, pois economiza na manutenção, as condições acústicas são muito melhores, os sons emitidos em uma sala não vazam para a sala vizinha, e ainda oferece um conforto térmico, levando em consideração as características climáticas das diferentes regiões do Estado que estão recebendo as novas salas”, destaca a diretora-presidente da Fundepar, Eliane Teruel Carmona.

REFORMAS E AMPLIAÇÕES – O investimento em obras e serviços de Engenharia foram de aproximadamente R$ 305 milhões, sendo R$ 24 milhões provenientes de convênios. Destaque para obras gerais no Colégio Estadual de Educação Profissional Agrícola Manoel Ribas, em Apucarana, com investimento de R$ 3,3 milhões e o Colégio Estadual Indígena Segso Tanh Sa, em Palmas, com investimento de quase R$ 3 milhões.

As obras incluíram também as escolas indígenas. O Colégio Estadual Indígena Cacique Gregório Kaekchot, de Manoel Ribas, no Centro do Estado, ganhou uma quadra coberta e novas estruturas para atender os 750 alunos da Terra Indígena Ivaí, onde fica a escola. O investimento foi de R$ 2,36 milhões e também compõe a construção de uma cozinha com refeitório e uma passarela coberta.

Já o programa Escola Bonita, que repassa recursos para a execução de reformas ou aquisição de equipamentos e mobiliários, realizou em adequações em mais de 1.800 escolas da rede estadual em todas as regiões do Estado.

Das 320 salas de madeira que serão substituídas, 95 foram entregues no ano passado. Foto: Fundepar

ALIMENTAÇÃO – Com a oferta de três refeições por turno, o programa Mais Merenda leva maior variedade, sabor e nutrientes à alimentação escolar do Paraná. Foram investidos R$ 448 milhões no ano passado para o fornecimento de 2 milhões de refeições por dia aos alunos da rede estadual. Parte do recurso, no valor de R$ 122 milhões, é do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae), e o restante é do Governo do Estado.

TRANSPORTE – Para modernizar a frota do transporte e proporcionar mais segurança e conforto aos alunos da rede estadual, o Governo do Estado repassou, em 2023, R$ 213,5 milhões aos municípios para o transporte dos estudantes. Além disso, investiu R$ 60 milhões para renovar a frota escolar, com a aquisição de 173 ônibus e duas embarcações, atendendo também os alunos que vivem nas ilhas.

MOBILIÁRIOS E EQUIPAMENTOS – Foram investidos, ainda, R$ 148 milhões na compra de vários bens, como refrigeradores, ar-condicionado, mesas, cadeiras, além de suprimentos como materiais de limpeza, papel A4, toner, gás de cozinha, entre outros, que chegaram às duas mil escolas da rede estadual.

RECURSOS DESCENTRALIZADOS – Com ações como o Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE), foram disponibilizados mais de R$ 90 milhões para melhorias das instituições de ensino. Outros R$ 156 milhões foram repassados pelo Fundo Rotativo, que disponibiliza recursos para os colégios fazerem pequenos reparos e comprarem insumos para o dia a dia, incluindo cotas normais, extras e especiais.

MÃOS AMIGAS – Outra ação coordenada pela Fundepar é o programa Mãos Amigas, que utiliza mão de obra de pessoas privadas de liberdade na execução de serviços de conservação, manutenção e reparos em escolas estaduais, proporcionando ambientes mais adequados para os estudantes paranaenses. Foram 803 escolas atendidas, com um investimento total de R$ 1,8 milhão. O programa também virou lei estadual no ano passado.

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