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No Dia da Mata Atlântica, Paraná celebra 8 milhões de mudas de espécies nativas distribuídas
O total de mudas doadas pelos 19 viveiros do Instituto Água e Terra (IAT) equivale a cerca de 7 mil hectares restaurados ou uma nova fatia de área verde do Paraná correspondente a 7 mil campos de futebol.
O Estado atingiu neste sábado (27) em que é celebrado o Dia da Mata Atlântica um marco histórico dentro do Programa Paraná Mais Verde: os viveiros do Instituto Água e Terra (IAT) alcançaram a marca de 8 milhões de mudas de espécies nativas entregues gratuitamente à população.
A medida busca incentivar o plantio de árvores ameaçadas de extinção, promovendo crescimento econômico, sustentabilidade, reflorestamento e recuperação de áreas desmatadas.
O saldo da distribuição é impactante. O total de mudas equivale a cerca de 7 mil hectares restaurados ou uma nova fatia de área verde do Paraná correspondente a 7 mil campos de futebol.
“Todas essas mudas são nativas da Mata Atlântica, inclusive muitas delas em risco de extinção. O resultado é a recuperação de áreas degradadas por todo o Paraná”, afirma o gerente de Restauração Ambiental do IAT, Mauro Scharnik.
Dentro da estrutura do programa Paraná Mais Verde, criado pelo Governo do Estado em 2019, uma das linhas de trabalho é justamente o Revitaliza Viveiros, que tem como objetivo fortalecer a cadeia produtiva com reestruturação e modernização dos 19 viveiros florestais estaduais e dos dois laboratórios de sementes, conjunto gerenciado pelo IAT.
Os Laboratórios de Sementes, instalados em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, e em Engenheiro Beltrão, na região Centro-Oeste, são responsáveis pela coleta, beneficiamento, armazenamento e distribuição de sementes utilizadas para a produção de mais de 100 espécies florestais nativas pelos viveiros – 25 dessas consideradas ameaçadas de extinção.
Além das ações diretas, o IAT lançou em maio de 2022 o aplicativo Paraná Mais Verde, também para estimular e facilitar a solicitação e retirada de mudas pela população. Por essa modalidade, as espécies mais procuradas foram o Angico (Parapiptadenia rigida), o Pinheiro-do-Paraná (Araucaria angustifolia) e a Aroeira-pimenteira (Schinus terebinthifolia).
Diretor-presidente do IAT, Everton Souza, destaca que a proposta de recuperação florestal é essencial na consolidação do Estado como referência internacional em sustentabilidade, status reconhecido pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), estrutura voltada para a promoção do desenvolvimento econômico e do bem-estar social.
“As mudas do IAT vão para todo o Estado, muitas delas com a função de recuperar matas ciliares. Hoje o Paraná tem aproximadamente 30% de cobertura com florestas nativas e nós estamos trabalhamos para aumentar ainda mais esse número”, diz.
COMO FAZER – A Divisão de Produção de Mudas Nativas do Instituto Água e Terra (IAT) é responsável pela coleta, armazenamento e distribuição de sementes, bem como produção das mudas e sua disponibilização à população.
São 19 viveiros à disposição da população, em São José dos Pinhais, Engenheiro Beltrão, Salgado Filho, Cascavel, Cornélio Procópio, Guarapuava, Fernandes Pinheiro, Ivaiporã, Jacarezinho, Morretes, Ibiporã, Mandaguari, Pato Branco, Tibagi, Pitanga, Paranavaí, Toledo, Umuarama e Paulo Frontin.
Os interessados podem solicitar mudas por meios digitais, como aplicativo Paraná Mais Verde, disponível na Play Store (modelos Android).
Ao fazer a solicitação para até 100 mudas/ano, o requerimento é aprovado automaticamente e elas já poderão ser retiradas no viveiro selecionado, devendo apenas ligar para o local para agendar quando buscar.