Rock, quantas verdades existem?

Tomo essa pergunta como uma reflexão para o tema dessa coluna, e considero isso profundamente significativo já que é a existência da verdade o fundamento de qualquer discussão, inclusive em politica ou religião.

Se cada pessoa possuísse a sua própria verdade, não faria sentido discutir e, ninguém poderia advogar ser dela a verdade verdadeira.

A discussão só é possível se eu estou convicto de que estou mais certo do que a outra parte, e ainda assim, aberto a ouvi-la e considerar suas ideias ou, pelo menos, ainda que eu não tenha convicção, se eu pretendo chegar a alguma certeza.

Deve haver, portanto, sempre a possibilidade, ainda que remota, de reconhecer-se equivocado.

Hoje em dia, se se pergunta a uma pessoa quem está falando a verdade, quem está certo, o “eu” será sempre a resposta, independente do tema, sem dar chance para que o outro, apresente seus argumentos.

Entramos em uma era em que a minha verdade é absoluta, mesmo que eu não tenha conhecimento, mesmo que seja apenas minha opinião, se eu acho, essa é minha verdade e a defenderei a qualquer custo. Meu time é o melhor, minha religião é a que salva, minha verdade é a verdadeira. A partir daí, sob minha ótica, surgem os conflitos, as barbáries, um tentando impor ao outro, sua verdade.

Esquerda? Direita? Em frente? Voltar? Pensar? Nem tudo é absoluto, ponderar é necessário, o respeito e o discernimento são essenciais e a minha verdade não é soberana. Se existe uma verdade, qual é a verdadeira, o que você acha?

“Quantas verdades existem na verdade? Na verdade, tem três verdades: A do outro, a minha e a de quem ouve as duas mas, se as três, na verdade são verdades, então as verdades são também falcatruas com omissões e opiniões, incluindo as suas, todo o conto tem mais um ponto no relato e se não fez um desconto ouviu gato e sapato e, claro, concluiu errado porque sem o outro lado só ouviu parte do passado do mais interessado”!

(Manu Fernandes)


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