“Ao teu Deus que se dá, pensa dar também” (parte 1)

Vida, entrega e missão de Madre Maria Martha de Jesus Crucificado

Conhecer Madre Martha nos traz um sentimento profundo do desejo de santidade! 

Essa mulher, escolhida por Deus desde toda a eternidade, nasceu na Bélgica. Era o ano de 1891, final do século XIX, mês da primavera no Brasil, mas na Europa um outono suave. 

Era a segunda filha da família que na verdade já tinha uma filha mais velha e esperava um filho menino, segundo o desejo do pai. Foi difícil quando soube que era outra menina, mas bastou um olhar para sua pequenina e de pronto apaixonou- se por aquela que tinha trazido ao mundo para ser testemunho de um Amor ainda maior!

Foi batizada em doze de outubro e recebeu como “madrinhas” as santas que lhe deram os nomes de Martha, Helena e Alice. Sua irmã mais velha foi sua madrinha. Tão pequenina ainda, aos cinco anos, Martha já frequentava a escola das Irmãs de Notre Dame, em Bruxelas.

É ela mesma quem nos conta: “Eu me lembro, diz ela, do 1º dia quando me conduziram à sala de aula. Depois de algumas horas eu já estava disputando com uma de minhas pequenas companheiras que não queria me emprestar seu brinquedo. Se alguém caçoava de mim eu chegava a bater os pés de cólera.”

Muitas vezes achamos que os santos nascem prontos, mas é caminhando que se faz o caminho, assim também sabemos que temos a oportunidade de trilhar este caminho até Deus!

Ela rezava sempre pela conversão de seu pai, e tinha muita devoção à Maria. Rezava sempre junto a uma imagem da Virgem que ficava no pátio da escola e foi dela que recebeu uma mensagem.

Aos dez anos fez sua primeira eucaristia, sem muita devoção e sentimentos. Mas foi quando se divertia, aos doze anos, numa sessão cinematográfica que veio o que ela chamou de conversão, é ela mesma quem nos conta: “… Um dia, no entanto, eu tinha aproximadamente 12 anos, ao sair de uma representação cinematográfica, experimentei tal desgosto que tomei a resolução de fazer o possível para não mais assistir tais representações”, escreveria ela em outubro de 1915.

Age com gestos de sacrifícios oferecidos à Deus e sente-se cada vez mais pequena diante da grandeza Divina. Busca a união com Deus, mas entra na aridez do deserto interior, crescendo cada vez mais.

Em setembro de 1916 ela escreve: “A meditação é, às vezes, um verdadeiro suplício. Também por quase nada eu me dispenso de fazê-la… No mesmo momento encontro um impedimento suficientemente sério, e creio agir conforme a obediência para, em seguida, descobrir minha vontade”. É assim que Deus vai lapidando seus escolhidos!

Sente-se vocacionada à Vida Religiosa e em 18 de junho de 1917, Martha pronuncia, no confessionário, os três votos: pobreza, castidade e obediência. Já havia feito o voto de virgindade no ano de 1912, aos 21 anos de vida.

Mas como ela conseguiu alguém para guiar sua vida espiritual? Quando ainda estava no colégio das Irmãs, suplicou até as lágrimas a intervenção da Virgem Santíssima, na estatueta do pátio. E não ficou sem reposta.


Continua na próxima edição 


Quem desejar mais informações pode acessar https://irmaspassionistas.org.br ou comunicar graças recebidas, pode entrar em contato com as Irmãs Passionistas: 

CENTRO EDUCATIVO PASSIONISTA MARIA JOSÉ
Av. Getúlio Vargas, 224 83301-010 – Piraquara – PR
Fone: (041) 3673-2477

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